Fundepes é destaque na Tribuna Independente

Professor Gabriel Bádue. Foto: Sandro Lima

A Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes) foi destaque no jornal Tribuna Independente do último final de semana. Na entrevista concedida à jornalista Luciana Martins, o diretor-presidente da Fundação, professor Gabriel Soares Bádue, discorre sobre o papel da Fundepes, com funciona o gerenciamento dos projetos, o papel social da fundação e as possíveis parcerias com instituições públicas e privadas. Confira a entrevista na íntegra no http://migre.me/uUmFf

Apoio à pesquisa realizado pela Fundepes contribui com desenvolvimento de AL

Projetos importantes como medição do ar e realização de exames de DNA para paternidade são desenvolvidos em Alagoas com o apoio da Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes). A fundação, que tem como objetivo principal fomentar a pesquisa, é uma instituição independente que tem contribuído diretamente para o crescimento do Estado. A Tribuna Independente conversou com o diretor-presidente da Fundepes, o professor Gabriel Bádue que traz à tona todo o trabalho que é desenvolvido pela Fundação e como as ações podem ser contemplativas para o Estado.

Tribuna Independente – A Fundepes tem um papel importante no que diz respeito às pesquisas. Como tem sido o trabalho em Alagoas?

Gabriel Bádue – A Fundepes é uma fundação de apoio à Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e ao Instituto Federal de Alagoas (Ifal). A relação com a universidade é longa, de 38 anos, já que ela foi criada em 1978 enquanto fundação de apoio à universidade. A relação com o Ifal é mais recente, ela se efetivou em 2014 e estamos num processo de consolidação dessa relação. Enquanto fundação de apoio, a Fundepes atua como interveniente administrativo financeiro de projetos de pesquisa, extensão e desenvolvimento institucional nestas duas instituições. Nós temos projetos muito importantes e que a gestão administrativa financeira é realizada pela fundação e a universidade assim como o instituto federal são os executores por meio dos seus docentes.

Tribuna Independente – Como funciona esse apoio administrativo financeiro?

Gabriel Bádue – Nós conseguimos esses recursos através de editais junto a órgãos financiadores, como por exemplo, a Finep, Banco do Nordeste, Secretarias de Estados, Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL), onde nós temos também projetos sendo executados. Entre os projetos que nós temos executados, existe um no TJ-AL que é a realização de exames de paternidade pela Justiça de Alagoas. Como funciona: o laboratório do Professor Luiz Antônio (coordenador do projeto) realiza os exames e toda parte de administração desse projeto, desde a execução financeira, emissão de nota fiscal para o recebimento de recursos junto ao Tribunal, a gestão de compras de insumos e equipamentos de laboratório, a administração de pessoal, toda essa gestão é feita aqui na Fundação.

Tribuna Independente – Quem pode pedir esse apoio financeiro para os projetos? Somente as instituições de ensino superior?

Gabriel Bádue – O nosso maior número de projetos é feito com a Ufal e o Ifal. Mas também podemos prestar serviços a outras instituições, como por exemplo, um projeto que nós temos chamado Água Doce que é do governo federal, mas a gestão é feita pelos estados e aqui em Alagoas nós temos um convênio com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh). Outra área que atuamos é a parte de concurso com uma parceria com a Copeve, que desenvolve o concurso e a contratação é feita pela Fundepes.

Tribuna Independente – Qual o papel social da fundação e que tipo de parceria pode ser firmada e com quais instituições?

Gabriel Bádue – A fundação tem um papel social gigante dentro do Estado de Alagoas, pelo seu histórico. Sem a fundação fica totalmente inviável se fazer pesquisa da universidade. Todos os projetos que são aprovados em órgãos de pesquisas importantes, eles são executados via fundação. Por conta da nossa legislação, acabamos tendo uma agilidade maior para a execução desses projetos. Diretamente nós temos contratados, além dos funcionários que trabalham aqui na sede, mais de 200 funcionários trabalhando em projetos diversos, isso significa que geramos, mesmo com a crise, mais de 200 empregos. Hoje nós temos 230 funcionários. E isso tem um impacto na vida de milhares de pessoas. Socialmente a gente também contribui com pesquisas importantes que têm um potencial enorme pra gerar outras fontes de renda para o Estado. Nós também contribuímos com a economia do Estado já que temos um volume grande de recursos por conta dos projetos.

Tribuna Independente – Quais projetos são desenvolvidos atualmente?

Gabriel Bádue – A área de atuação é bem ampla. Nós podemos ter projeto em todas as áreas da universidade. A gente tem hoje projeto de melhoramento de genética da cana de açúcar que está na fundação há mais de uma década. Na verdade ele não é só um projeto, é um programa de captação de recursos junto a usinas. Outros projetos também importantes são desenvolvidos na área de tecnologia da informação para a Petrobras. Nós temos projetos também na área de biologia, de DNA forense que presta serviço para o Tribunal de Justiça e que presta serviço a diversas instituições de ensino, hospitalares, bancos para medição da qualidade do ar em ambientes climatizados. Ele faz a medição e o controle de qualidade desses ambientes. Temos também o projeto que mede a qualidade de alimentos, temos também na área de ensino com cursos de especialização na área de saúde que são financiados pela Prefeitura de Arapiraca. Atuamos numa área bem plural.

Tribuna Independente – Como é possível ver os resultados desses investimentos?

Gabriel Bádue – Estamos aprimorando o nosso sistema de acompanhamento dos projetos para medir o desempenho e os resultados apresentados. A gente tem alguns dados, que são medidos desde 2012, e estamos tentando aprimorar isso através do sistema de gerenciamento. A gente mede os resultados a números de projetos, submetidos, executados, contratados, volume de recursos captados, estes na unidade de projetos. Nas demais unidades, a gente mede o número de contratações, compras, operações licitadas. Para cada área nós estabelecemos alguns índices para poder medir o nosso desempenho mês a mês e ano a ano para comprar o desempenho da fundação.

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