Bienal terá abertura com três nomes da Academia Brasileira de Letras

O que Antônio TorresCacá Diegues e Marco Lucchesi têm em comum? Pra começar, duas coisas. Além de fazerem parte da Academia Brasileira de Letras (ABL), os três estarão presentes na solenidade de abertura da 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas. A informação foi confirmada pela coordenadora do evento, Sheila Maluf, em entrevista à TV Mar, e o evento será realizado de 11 a 20 de agosto no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, no bairro de Jaraguá, em Maceió.

Sheila Maluf em entrevista ao jornalista Arnaldo Ferreira (Foto: Reprodução/TV Mar)

Além desses nomes, a professora também contou ao jornalista Arnaldo Ferreira outras informações sobre os preparativos do maior evento cultural e literário do estado. “Estou com 80 mesas de vários assuntos pra organizar. Essas palestras são todas do tipo: debates, mesas-redondas e o público pode ter acesso, tudo de graça. Terão espetáculos teatrais também, quem for vai adorar. A nossa expectativa é de 350 a 400 mil pessoas”, enfatizou Sheila.

Perguntada sobre o dilema dos livros físicos e digitais e se o mercado, hoje, atravessava algum tipo de crise, a professora foi enfática: “A Edufal vai ter mais de 100 lançamentos e eu acredito que na Bienal inteira porque nós temos autores independentes, enfim, teremos mais de 300 lançamentos. Eu posso falar que esse mercado tá abalado? Não posso. Mercado tem” explicou a coordenadora da Bienal.

Com o passar dos anos, porém, houve o encarecimento de alguns insumos que decorrem da produção dos livros físicos, mas a professora destacou que a Bienal busca trazer livreiros com preços dos mais variados. “Às vezes é muito caro, os livros terão os preços deles, papel encareceu, enfim, mas a gente chama livreiros que tragam livros com preços mais acessíveis”, contou Sheila Maluf.

Cacá Diegues (Foto: Myllena Diniz)

Formação de plateia

A professora Sheila Maluf está em sua quinta Bienal – ela coordenou os eventos de 2005, 2007, 2009 e 2011 – e, durante a entrevista, refletiu sobre a importância de se construir uma plateia para participação em eventos do gênero, apontando que veio construindo essa perspectiva desde a primeira Bienal que coordenou.

Além disso, ela explicou que está em contato com os órgãos públicos, tanto do município quanto do estado, na intenção de viabilizar um Vale Livro. “Estou esperando, até confirmar, ainda não posso garantir, o Vale Livro para professores e alunos tanto de parte da Prefeitura quanto de parte do Governo”, adiantou Sheila.

Geração de empregos

A Universidade Federal de Alagoas é o maior vetor de desenvolvimento do estado. A frase é dita pelo reitor Josealdo Tonholo em diversas ocasiões para enfatizar a força e a importância da instituição para toda a sociedade.

Com a realização da Bienal não é diferente, já que a Ufal é a única universidade pública no país a oferecer um evento deste tipo que seja completamente aberto ao público, fato reiterado por Sheila Maluf durante a conversa com Arnaldo Ferreira. Além disso, a Bienal também é responsável pela geração de empregos, diretos e indiretos, fato que ajuda a movimentar a economia.

Marco Lucchesi (Foto: Reprodução/Internet)

“Durante a Bienal, de 11 a 20 de agosto ou até um pouco antes porque a gente inclui os montadores, nós fazemos uma geração de 700 empregos diretos e indiretos. E a gente faz todo dia, a Assessoria de Comunicação, no caso, faz uma pesquisa, todo dia, pra ter uma média de quanto vendeu. Pra dez dias, temos, aproximadamente, uma movimentação de 5 milhões de reais para a economia da cidade”, celebrou Sheila Maluf.

A coordenadora enfatizou ainda que o apoio do Governo de Alagoas, que neste ano também é correalizador, vem sendo fundamental para o bom andamento da organização da Bienal. “Estamos tendo um apoio muito bom do Governo, o Sebrae tá entrando com uma parcela, já menor, mas estamos buscando projetos. O governador Paulo Dantas está muito empolgado, e todos os órgãos ligados que têm a ver com o projeto também, tivemos uma reunião com 9 secretários e todos estão apoiando a Bienal”, contou.

Programação para todos os gostos e públicos

Não é fácil montar a programação de um evento como a Bienal do Livro de Alagoas. Afinal, são dez dias, das 10h às 22h, onde a sociedade vai respirar cultura, literatura e arte. Tudo isso acompanhado de diversos livros, dos mais variados gostos e públicos-alvo, que estarão disponíveis nos estandes do Centro de Convenções.

Antonio Torres (Foto: Guilherme Gonçalves)

“Nós trazemos a cultura e a leitura com a diversão junto. A gente faz uma coisa casada, o gostoso com o importante junto, a leitura com contação de histórias. Nós vamos ter Jorge de Lima como homenageado, vamos ter um espetáculo infantil e um adulto sobre ele, tá vendo? Infantil. A criança que nunca viu falar em Jorge de Lima? Vai ficar, mãe, pai, cheguei e vi um espetáculo sobre Jorge de Lima”, disse Sheila Maluf, encantada.

A coordenadora adiantou ainda que todos estão fazendo o melhor para essa retomada da Bienal: “Vocês que estão nos ouvindo, essa Bienal não importa a idade. São coisas lindas, nós estamos fazendo o nosso melhor: a Universidade, o Governo do Estado e nossos parceiros. Acredito que até o final de maio já teremos todas as programações montadas lá no site”, convidou Sheila.

Assista a entrevista completa aqui.

Sobre a Bienal

Com variada programação, que está sendo organizada pelas equipes da Ufal, via Editora da Universidade Federal de Alagoas (Edufal), Pró-reitoria de Extensão (Proex), Coordenação de Assuntos Culturais (CAC) e Assessoria de Comunicação (Ascom), e correalização do Governo de Alagoas, por meio de suas secretarias, a 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas também contará com apoio do Sebrae, Sesc e outras instituições. A coordenação geral da Bienal de Alagoas é da professora Sheila Maluf.

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